31.1.09
10.1.06
e para não restar dúvidas...
Algures num comentário perguntaram-me qual destes enunciados está conforme a sintaxe do português:
"...e para não restar dúvidas..."
"...e para não restarem dúvidas..."
Trata-se de uma oração subordinada adverbial final, segundo a nova terminologia linguística. Adverbial pois comporta-se como um advérbio. A gramática generativa chama-as de obliquos. Acontece que a oração em causa é uma oração infinitiva, apresentando o verbo no infinito flexionado (infinitivo pessoal) num caso e não flexionado noutro (infinitivo impessoal). Ora, estas orações são chamadas de infinitivas reduzidas ou, na nomenclatura inglesa, small clauses. Assim, esta oração seria algo como:
"... e para que não restem dúvidas..."
Ora, sabemos que o português é uma língua de tipo SVO, isto é, o (S)ujeito tendencialmente surge antes do (V)erbo.
Na oração em questão, isso não acontece. O sujeito, "dúvidas", surge depois do verbo. Importa agora fazer a concordância entre o sujeito e o verbo. O sujeito está no plural, logo a pessoa verbal tem que estar no plural. Assim:
"e para não restar dúvidas" é agramatical pois o verbo não concorda em número com o sujeito.
Assim, e para que não restem dúvidas, a oração gramatical é: "e para não restarem dúvidas".
"...e para não restar dúvidas..."
"...e para não restarem dúvidas..."
Trata-se de uma oração subordinada adverbial final, segundo a nova terminologia linguística. Adverbial pois comporta-se como um advérbio. A gramática generativa chama-as de obliquos. Acontece que a oração em causa é uma oração infinitiva, apresentando o verbo no infinito flexionado (infinitivo pessoal) num caso e não flexionado noutro (infinitivo impessoal). Ora, estas orações são chamadas de infinitivas reduzidas ou, na nomenclatura inglesa, small clauses. Assim, esta oração seria algo como:
"... e para que não restem dúvidas..."
Ora, sabemos que o português é uma língua de tipo SVO, isto é, o (S)ujeito tendencialmente surge antes do (V)erbo.
Na oração em questão, isso não acontece. O sujeito, "dúvidas", surge depois do verbo. Importa agora fazer a concordância entre o sujeito e o verbo. O sujeito está no plural, logo a pessoa verbal tem que estar no plural. Assim:
"e para não restar dúvidas" é agramatical pois o verbo não concorda em número com o sujeito.
Assim, e para que não restem dúvidas, a oração gramatical é: "e para não restarem dúvidas".
28.12.05
Na TAP o Sr. Benvindo recebe-nos a bordo....
No site da TAP pode ler-se : "Benvindo a Bordo!". Parece que as hospedeiras foram despedidas e que agora é o Sr. Benvindo que nos recebe nos aviões. Ou será que quem fez esta página não sabe distinguir "bem-vindo" de "Benvindo" ?
Actualização: O uso impróprio da palavra em questão já foi corrigido. Assim, este artigo já não faz sentido. Fica o registo, no entanto, para quem quer que se preocupe com estas coisas mesquinhas (para uns) ou interessantes (para outros).
Actualização: O uso impróprio da palavra em questão já foi corrigido. Assim, este artigo já não faz sentido. Fica o registo, no entanto, para quem quer que se preocupe com estas coisas mesquinhas (para uns) ou interessantes (para outros).
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